sábado, 7 de março de 2009

Amizade

Amigos existem para serem visitados. Com o tempo passando rápido, as agendas cada vez mais lotadas, nosso "umbigo" pedindo cada vez mais atenção, acabamos descuidando de amigos.

As vezes são distâncias, mudanças de cidade, projetos que tomam rumos diferentes, caminhos que não mais se cruzam diariamente.

Mas amigo que é amigo guarda uma semente. Mesmo que a tal semente hiberne ou caia num terreno aparentemente pedregoso, a dita cuja vai usando a água pra descer, procurando um caminho entre os tecos de rocha até achar um golinho de solo fértil.

Me espanta olhar pra uma casa antiga, na rua do meu trabalho, e ver que no topo do telhado tem uma moitinha de mato. Caramba, como a preula do mato nasceu lá? "Mato é uma desgrama mesmo" (sem trocadilhos com desGRAMA, MATO, etc) . . . Mas esquecemos que isso é vida. É capacidade de renovação, adaptação, sei lá. O fato é que mesmo em lugares inóspitos, a semente retoma a forma de vegetal.

Voltando pra amizade, vale lembrar que sempre uma das partes toma a iniciativa de correr atrás de volta. Ou mandando email, ligando, mandando carta, sinal de fumaça . . . Pode ser sempre uma parte definida, sempre a mesma parte; pode ser também as duas, intercalando, sei lá . . . Não tem regra, mas é o que geralmente acontece.

Claro que isso se aplica à pessoas. Eu, você, todo mundo. Mas vale pensar também no maior amigo de todos: o Mestre Jesus. Aquele que se fez servo, veio atrás de você, morreu por você, quer ser o seu maior amigo. E você não tem tempo. As vezes acha que está dando atenção, mas na real você já pediu pra ele falar com seu dedo ou suas costas. Ele sempre tá jogando a semente, sempre me espera de braços abertos. Por que eu teimo em não dar ouvidos?

Quem sabe já estamos na última hora?

Um comentário:

Elly Aguiar disse...

Vc precisa escrever mais, sempre, não se esqueça isso!