quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Lutero e a música

Trecho do livro "Conversas com Lutero - História e pensamento", de Elben M. Lenz César, Ed. Ultimato.

Créditos ao K-fé, da lista MMC.


Lutero e a música
É uma aberração cantar os mesmos cânticos em todas as celebrações

Repórter – Parece-me que o doutor toca alaúde...
Lutero – Toco alaúde há muitos anos. Aprendi sem professor, enquanto
me recuperava de uns ferimentos. É um instrumento muito antigo. Surgiu
na Mesopotâmia, lá pelo ano 2.000 a.C. Os levitas do templo de
Jerusalém tocavam alaúde. Dizem que ele chegou à Europa durante as
Cruzadas ou quando da conquista da Espanha pelos mouros. Tornou-se um
instrumento musical muito popular hoje em dia. Existem dois ou três
modelos diferentes. A caixa de ressonância tem formato de pêra. O meu
tem seis pares de cordas. Com a mão direita eu dedilho e com a mão
esquerda retenho as cordas.

Repórter – O doutor conhece música?
Lutero – Eu cresci cercado de música. Na infância cantava os hinos dos
mineiros, pois meu pai trabalhava numa mina de carvão. Era um menino
cantor na escola de Mansfeld, lá pelo ano de 1488. Continuei a cantar
no coro da igreja quando fui estudar, primeiro em Magdeburgo e depois
em Eisenach. Na Universidade de Erfurt, além de gramática, retórica,
dialética, aritmética, geometria e astronomia, estudei música. Estas
são as sete artes liberais. Quando fui para o Convento de Santo
Agostinho, em 1505, com 22 anos, aprendi o canto gregoriano. Cantava a
voz masculina mais aguda, o tenor.

Repórter – O que o doutor chama de canto gregoriano?
Lutero – É o canto litúrgico introduzido pelo papa Gregório I, aquele
homem extraordinário que se dizia servus servorum Dei (servo dos
servos de Deus) e que foi papa de 590 a 604. Herdeiro de uma grande
fortuna e ex-prefeito de Roma, decidiu-se pela vida monástica aos 35
anos e transformou suas propriedades em monastérios. Foi eleito papa a
contragosto aos 50 anos e assentou-se na cadeira de Pedro de 590 a
604, quando morreu.

Repórter – Dizem que o doutor é o "Ambrósio da Reforma".
Lutero – Nunca ouvi falar isso. Todavia, talvez seja por causa de meu
apego à música sacra. Ambrósio era bispo de Milão e nasceu 200 anos
antes de Gregório. Ele compôs vários hinos, inclusive o famoso Te
Deum, que cantamos até hoje. Foi ele quem batizou Agostinho no ano de
387.

Repórter – Também já li não sei onde que o doutor foi chamado de "O
rouxinol de Wittenberg".
Lutero – Foi Hans Sachs, de Nuremberg, que me deu esse honroso título.
Se eu sou o rouxinol de Wittenberg, ele é o rouxinol de Nuremberg,
quiçá de toda a Alemanha. Sachs, 11 anos mais novo do que eu, tem sido
chamado de "o príncipe e patriarca dos mestres-cantores". É um
profícuo autor de hinos, poemas e peças.

Repórter – O cântico é importante no culto?
Lutero – De suma importância. Desde os tempos de Moisés (Êx 15.1,2; Dt
31.19) e de Davi (1 Cr 6.31). Basta ler o salmo 100: "Prestem culto ao
Senhor com alegria; entrem na sua presença com cânticos alegres". A
longa reunião de Jesus com os discípulos no cenáculo, na véspera da
morte do Senhor, só terminou com o cântico de um hino (Mt 26.30). Não
existe culto sem cânticos.

Repórter – O doutor acabou de mencionar "cânticos alegres".
Lutero – Você sabe qual é o meu cântico predileto? É o mais antigo
hino sacro alemão, conhecido desde o século 13. Chama-se Christ ist
erstanden (Cristo ressuscitou). Gosto dele porque, ao contrário dos
demais hinos pascais medievais, não fica descrevendo os tormentos de
Cristo, mas a centralidade de sua ressurreição. Em cima desse hino e
de outro, o Victimae paschali laudes immolent Christiani (Os cristãos
ofereçam hinos à vítima pascal), compus o Christ lag in Todesbanden
(Cristo estava preso nas amarras da morte), no qual consegui infundir
toda a alegria e júbilo que brotam da ressurreição. A primeira estrofe
diz: "Cristo estava preso nas amarras da morte, / Entregue por nosso
pecado. / Ele ressurgiu novamente / E nos trouxe a vida. /
Regozijemo-nos por isso, / Louvemos e demos graças a Deus / E cantemos
aleluia".

Repórter – Canta-se muito aqui em Wittenberg?
Lutero – Em nossos cultos aos domingos e nos dias de semana, nas
reuniões matinais e vespertinas, eu entremeio o cântico com as
leituras do Antigo e do Novo Testamento, com as orações, com a
confissão, com o sermão etc.

Repórter – Há alguma parte do culto a qual o doutor empresta maior
relevância?
Lutero – Na minha opinião, em todo o culto, o elemento mais importante
é a pregação e o ensino da Palavra de Deus.1 Para reforçar essa ênfase
bíblica, transformei em hino os dez mandamentos da lei de Deus.
Cantamo-lo pela primeira vez na Quaresma de 1525. O cântico tem 12
estrofes. Na sétima estrofe entoamos: "O matrimônio – escuta bem! /
Será santíssimo, e também / A vida casta deve ser, / Disciplinando o
viver". Na décima, enfatizamos: "Proibido estás de cobiçar / Do
próximo a mulher e o lar. / O bem que quer teu coração / Também farás
a teu irmão".

Repórter – A igreja canta em latim ou em alemão?
Lutero – Até então cantávamos só em latim. Hoje cantamos em latim e em
alemão. Os hinos mais antigos geralmente entoamos em latim. Por
exemplo: o Magnificat (o cântico de Maria), o Benedictus (o cântico de
Zacarias), o Te Deum laudamus (Senhor, louvamos-te), o Sanctus
(baseado no capítulo 6 de Isaías), o Agnus Dei (Cordeiro de Deus), o
Quicumque vult salvus esse (Quem quiser salvar-se...) etc. Tenho
traduzido alguns hinos latinos para o alemão. É o caso do De profundis
(Das profundezas), do Ut timearis (Que sejas temido), Media vita in
morte sumus (Em meio à vida, estamos envolvidos pela morte) etc. Não
abro mão totalmente dos hinos em latim por amor à juventude, pois
desejo que os jovens cresçam aprendendo o latim.

Repórter – Existem hinos em alemão em número suficiente?
Lutero – Essa é a nossa grande luta. O desafio é enorme. Não estou
encontrando muita gente capaz de produzir novas letras e novas
melodias. Precisamos evitar a rotina. É uma aberração cantar os mesmos
cânticos em todas as celebrações.² Os sapatos novos, quando ficam
velhos e começam a apertar, não mais usamos; jogamos fora e compramos
outros.3 É preciso que haja cantos em alemão suficientes para
diferentes ocasiões, como Natal, Páscoa, Pentecostes, São Miguel,
Purificação etc.

Repórter – O livro de Salmos insiste nisso: "Cantem ao Senhor um novo
cântico, pois Ele fez coisas maravilhosas" (Sl 98.1).
Lutero – Para que os não-cristãos se tornem cristãos precisamos fazer
muita coisa. A gente simples, a juventude deve ser treinada e educada
diariamente na Palavra de Deus, para se habituar com as Escrituras,
para saber manuseá-las, para ser versada e instruída nelas, para
defender sua fé e, com o tempo, ensinar os outros e contribuir para o
avanço do reino de Cristo. Por causa dessas pessoas é preciso ler,
cantar, pregar e compor hinos.4

Repórter – Fui informado de que o doutor escreveu 137 hinos.
Lutero – Não é verdade. O pessoal sempre exagera. Compus apenas 36
cânticos. Assim mesmo só dez são inteiramente originais. Os exagerados
tinham a intenção de me comparar com Davi, que deve ter escrito — quem
sabe — 137 dos 150 salmos. Quase todas as minhas composições foram
produzidas em 1524. A primeira foi em agosto de 1523, um mês depois do
trágico acontecimento que serviu de inspiração. Trata-se do Ein hübsch
Lied von den zwei Märtyrern Christi, zu Brüssel von den Sophisten zu
Löwen verbrandt (Um belo hino dos dois mártires de Cristo, queimados
em Bruxelas pelos sofistas de Lovaina). O hino tem dez estrofes e
conta a morte de dois monges agostinianos do Convento da Antuérpia que
abraçaram a Reforma. Eles foram lançados à fogueira na praça do
mercado de Bruxelas no dia 1º de julho de 1523. Chamavam-se Henrique
Voes e João von Eschen. Já na primeira estrofe entro diretamente no
assunto: "Um canto novo vou entoar, / Que Deus nos dê sua graça; / Dos
feitos dele vou cantar, / Que em sua glória o faça! / Bruxelas foi que
o presenciou: / Por meio de dois moços / O seu poder ali mostrou, /
Que com seus dons divinos / Dotou ricamente".

Repórter – Foi o doutor que escreveu o hino fúnebre Nun lasset uns den
Leib begraben (Sepultemos agora o corpo)?
Lutero – Esse hino leva o meu nome, embora não seja meu. O equívoco
precisa ser corrigido, não porque eu o rejeite, uma vez que me agrada
muito. O verdadeiro autor é João Weis.

Repórter – Alguém me disse que o doutor modificou a letra de um hino
de duzentos anos atrás, ao traduzi-lo para o alemão.
Lutero – Deve ser aquele ao qual dei o título de Gott der Vater wohn
uns bei (Deus, o Pai, seja conosco). De fato, onde estava Santa Maria
ou Virgem Maria, eu coloquei o nome de Deus. Estava escrito: "Santa
Maria, socorre-nos / Se tivermos que morrer. / Livra-nos de todos os
pecados / E não nos deixes perecer." Modifiquei para: "Deus e Pai,
sejas conosco / E não nos deixes perecer! / Livra-nos de todos os
pecados / E concede-nos uma morte bem-aventurada!"

Repórter – Também ouvi falar que o papa está mais irritado com seus
hinos do que com as 95 teses que o doutor afixou à porte da igreja do
Castelo em 1517.
Lutero – Deus permita que a nossa hinologia redunde em grande prejuízo
ao papa romano, que não faz senão causar choro, pesar e sofrimento em
todo mundo por meio de suas malditas, insuportáveis e execráveis leis.
Amém.5

Repórter – Aquela ilustração dos sapatos velhos que o doutor citou há
pouco, me deixou com a pulga atrás da orelha. O doutor jogou fora os
hinos tradicionais?
Lutero – Claro que não. Não abominei o canto medieval nem a música
latina. Como jogaria fora o meu mais querido hino de Natal, o Jesu
nate in Bethlehem (Ó Jesus, nascido em Belém), o adorável Komm,
Heiliger Geist, Herre Gott (Vem, Espírito Santo, Senhor Deus), o
famoso Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e o já citado Christ ist erstanden
(Cristo ressuscitou)? Meu esforço é duplo: reter o que é bom e antigo
e valorizar o que é novo. Às vezes há muita coisa podre e fria na
música tradicional, e muita coisa carnal nas modernas canções de amor.
Afinal, não queremos que o espírito dos fiéis morra de tédio na
igreja.6 Precisamos de escolher o melhor e tomar cuidado com o excesso
tanto da repetição como da variedade e quantidade de cânticos.
Valorizo muito a música contemporânea. Sou fã do compositor Ludovico
Senfl, cantor da capela palatina do imperador Maximiniano e principal
mestre de canto polifônico alemão. Tenho dito que ele é um músico
ornatum et donatum a Deo meo, isto é, ornado e agraciado pelo meu Deus.

Repórter – Já existe um hinário a serviço da igreja?
Lutero – A princípio distribuíamos os hinos em folhas avulsas. Seu
uso, porém, cedo requereu a junção de todas as folhas. Daí surgiu o
Pequeno Hinário Espiritual, em 1524, com 32 hinos alemães e cinco
latinos. O hinário continha letra e música, para forçar o povo a
aprender música. Creio que se Davi ressuscitasse dos mortos, ficaria
admirado de quão longe chegaram as pessoas com a música.

Repórter – O seu notável Ein feste Burg ist unser Gott (Castelo forte
é o nosso Deus) está no hinário de 1524?
Lutero – Não. Aparece na edição de 1528. Escrevi esse hino, cujo
título em latim é Deus noster refugium et virtus, inspirado na
convicção do salmista de que "Deus é o nosso refúgio e a nossa
fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade" (Sl 46.1). Em seu
poema, o salmista declara: "Não temeremos ainda que a terra trema e os
montes afundem no coração do mar". E no meu cântico eu reafirmo:
"Ainda que este mundo, repleto de demônios, ameace destruir-nos, não
temeremos, pois Deus quer que a sua verdade triunfe por meio de nós".
A letra e a música desse hino têm tido uma boa aceitação.

Notas
1.Martinho Lutero — Obras Selecionadas. vol. 7. p. 182 e 176.
2.Idem. p. 302.
3.Idem. p. 205.
4.Idem. p. 160 e 171.
5.Idem. p. 178.
6.Idem. p. 482.

Bibliografia
HORTA, Luiz Paulo (ed.). Dicionário de Música. Rio de Janeiro:
Zahar
Editores, 1985.
LESSA, Vicente Themudo. Lutero. São Paulo:
Casa Editora Presbiteriana,
1960.
Martinho Lutero — Obras Selecionadas. v. 7. São Leopoldo/Porto Alegre:
Sinodal/Concórdia, 2000.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Análise do Livro de Romanos

Diferente de muitos blogs de pessoas intruídas de fato em teologia, o nosso é mais um "depósito" de trabalhos, reflexões, etc. O tempo é super corrido e passamos de tempos sem escrever algo aqui. Minha princesa até agora nem deu as caras, mas tá valendo . . .rs

Abaixo segue um "início" de estudo sobre o livro de Romanos, pedido pelo professor Isaque. Mandei pra ele ver se tava tudo certinho, mas eu não tinha entendido a idéia proposta por ele. Dessa vez era pra ler as notas e comentários de uma bíblia de estudo, no caso a minha é a "anotada", e comentar as opiniões do autor, comparando com as suas . . Quem sabe ter a moral de não concordar com Charles C. Ryrie, autor dessa minha versão, e colocar em xeque algum comentário dele.

Como não quero simplesmente jogar fora o que fiz, fica arquivado por aqui esse meu início de trabalho, quem sabe pra consulta futura, edificação de alguém ou pra eu mesmo comparar meus primeiros trabalhos, daqui uns anos.

Deus te abençoe.


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por Samuel Moreno

Análise Comentada do Livro de Romanos

Esta análise está baseada na “Bíblia Anotada: edição expandida”, de Charles C. Ryrie; com leituras também na “Bíblia Sagrada: Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional”.

I. Saudação e apresentação do tema, 1:1-17

a. Saudação, 1:1-7

Neste trecho, Paulo se apresenta como servo, declarando que se tornou um escravo voluntário de Jesus Cristo, fazendo a vontade do Mestre e não mais a sua própria. Cita a descendência de Davi, se referindo à profecia de que da raiz de Davi viria o Messias. Jesus era tanto homem, quanto Filho de Deus, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, evidenciando sua ressurreição como uma prova de divindade. Paulo diz que é por intermédio de Jesus Cristo, e em nome dEle, que fomos todos chamados para receber graça e o apostolado, para a obediência por fé, incluindo também os gentios. Ainda se refere aos cristãos em Roma como santos, expressão usada como separados.

b. O interesse de Paulo sobre os romanos, 1:8-15

Em todo o mundo era comentado sobre a fé que os romanos tinham e Paulo cita isso, afirmando sua vontade em ir visitá-los, compartilhar dos dons espirituais e se encorajarem mutuamente pela fé. Mesmo ansiando e orando para ir visitá-los, era impedido por diversos motivos, mas se via devedor em visitar não apenas os romanos, mas a sábios ou ignorantes, gregos ou bárbaros.


c. O tema central da carta aos romanos, 1:16-17

Paulo diz não se envergonhar do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Essa salvação é completa, tanto no passado, se referindo de forma geral ao castigo do pecado; presente, sobre o poder do pecado em nossa vida diária; e futura, sobre a salvação definitiva do pecado no céu. Essa salvação é concedida a todo aquele que crê, ou seja, através da fé. É citado Habacuque 2:4, enfatizando que o único modo pelo qual o indivíduo pode ser justificado perante Deus é mediante a fé. Paulo cita os judeus em primeiro lugar por uma questão cronológica, pois a eles foi pregado o evangelho primeiro e, pela sua rejeição, depois aos gentios. O evangelho é a justiça de Deus, ou seja, a restauração de um relacionamento correto entre o homem e Deus, fruto do dom de Deus por meio de seu Filho.


II. A necessidade de justiça: pecado e condenação, 1:18 – 3:20

a. A condenação do gentio, 1:18-32

1. A causa da condenação: ignorância do homem, 1:18-23

As criações de Deus já demonstram os seus atributos invisíveis, poder e própria divindade, tornando assim os homens indesculpáveis perante Deus, não mais inocentes. Mas, por se acharem sábios, e na verdade serem loucos, renegaram tais verdades não glorificando o Criador, mas trocando a glória de Deus por glória a si mesmos e a outras imagens.

2. As conseqüências da condenação: abandono divino, 1:24-32

Por esse motivo, Deus os entregou à sua própria maldade, e passaram a receber em seu próprio corpo o castigo por sua ignorância. Deus os entregou a uma condição mental e moral deplorável, na qual a idolatria imperava, animais eram considerados deuses, a perversão sexual prevalecia, incluindo-se o homossexualismo, e o pecado em geral era desenfreado. Além de praticarem toda sorte de pecado, incentivavam e participavam do pecar de outras pessoas, ignorando a sentença de Deus para o pecado, que é a morte.

b. A condenação do moralista, 2:1-16

Mesmo não cometendo os pecados descritos no capítulo 1, todos são condenados pelo pecado. Obras não são sinal de salvação, mas apenas servem como sinal de transformação. O gentio, mesmo sem a Lei, pode viver de forma correta, mas ainda assim está sob o jugo do pecado. Sobre a Lei, é dito que haverá condenação aos que julgam ao outro pela Lei, mas não a vivem. Os judeus, por terem o privilégio da Lei, eram mais responsáveis em cumpri-la, antes mesmo que os gentios.

c. A condenação do judeu, 2:17 – 3:8

1. Ele não guardou a Lei de Deus, 2:17-29

Muitos judeus se vangloriavam de serem escolhidos, circuncidados e detentores do privilégio da Lei, mas não viviam a Lei. Traziam escândalo para o nome de Deus entre os gentios e, mesmo sendo judeus, eram tidos por pagãos. Não bastava apenas o título, era necessário cumprir a Lei, pois ao fracassarem eram culpáveis, ainda mais por conhecerem a verdade.