quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Análise do Livro de Romanos

Diferente de muitos blogs de pessoas intruídas de fato em teologia, o nosso é mais um "depósito" de trabalhos, reflexões, etc. O tempo é super corrido e passamos de tempos sem escrever algo aqui. Minha princesa até agora nem deu as caras, mas tá valendo . . .rs

Abaixo segue um "início" de estudo sobre o livro de Romanos, pedido pelo professor Isaque. Mandei pra ele ver se tava tudo certinho, mas eu não tinha entendido a idéia proposta por ele. Dessa vez era pra ler as notas e comentários de uma bíblia de estudo, no caso a minha é a "anotada", e comentar as opiniões do autor, comparando com as suas . . Quem sabe ter a moral de não concordar com Charles C. Ryrie, autor dessa minha versão, e colocar em xeque algum comentário dele.

Como não quero simplesmente jogar fora o que fiz, fica arquivado por aqui esse meu início de trabalho, quem sabe pra consulta futura, edificação de alguém ou pra eu mesmo comparar meus primeiros trabalhos, daqui uns anos.

Deus te abençoe.


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por Samuel Moreno

Análise Comentada do Livro de Romanos

Esta análise está baseada na “Bíblia Anotada: edição expandida”, de Charles C. Ryrie; com leituras também na “Bíblia Sagrada: Nova Versão Internacional, da Sociedade Bíblica Internacional”.

I. Saudação e apresentação do tema, 1:1-17

a. Saudação, 1:1-7

Neste trecho, Paulo se apresenta como servo, declarando que se tornou um escravo voluntário de Jesus Cristo, fazendo a vontade do Mestre e não mais a sua própria. Cita a descendência de Davi, se referindo à profecia de que da raiz de Davi viria o Messias. Jesus era tanto homem, quanto Filho de Deus, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, evidenciando sua ressurreição como uma prova de divindade. Paulo diz que é por intermédio de Jesus Cristo, e em nome dEle, que fomos todos chamados para receber graça e o apostolado, para a obediência por fé, incluindo também os gentios. Ainda se refere aos cristãos em Roma como santos, expressão usada como separados.

b. O interesse de Paulo sobre os romanos, 1:8-15

Em todo o mundo era comentado sobre a fé que os romanos tinham e Paulo cita isso, afirmando sua vontade em ir visitá-los, compartilhar dos dons espirituais e se encorajarem mutuamente pela fé. Mesmo ansiando e orando para ir visitá-los, era impedido por diversos motivos, mas se via devedor em visitar não apenas os romanos, mas a sábios ou ignorantes, gregos ou bárbaros.


c. O tema central da carta aos romanos, 1:16-17

Paulo diz não se envergonhar do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Essa salvação é completa, tanto no passado, se referindo de forma geral ao castigo do pecado; presente, sobre o poder do pecado em nossa vida diária; e futura, sobre a salvação definitiva do pecado no céu. Essa salvação é concedida a todo aquele que crê, ou seja, através da fé. É citado Habacuque 2:4, enfatizando que o único modo pelo qual o indivíduo pode ser justificado perante Deus é mediante a fé. Paulo cita os judeus em primeiro lugar por uma questão cronológica, pois a eles foi pregado o evangelho primeiro e, pela sua rejeição, depois aos gentios. O evangelho é a justiça de Deus, ou seja, a restauração de um relacionamento correto entre o homem e Deus, fruto do dom de Deus por meio de seu Filho.


II. A necessidade de justiça: pecado e condenação, 1:18 – 3:20

a. A condenação do gentio, 1:18-32

1. A causa da condenação: ignorância do homem, 1:18-23

As criações de Deus já demonstram os seus atributos invisíveis, poder e própria divindade, tornando assim os homens indesculpáveis perante Deus, não mais inocentes. Mas, por se acharem sábios, e na verdade serem loucos, renegaram tais verdades não glorificando o Criador, mas trocando a glória de Deus por glória a si mesmos e a outras imagens.

2. As conseqüências da condenação: abandono divino, 1:24-32

Por esse motivo, Deus os entregou à sua própria maldade, e passaram a receber em seu próprio corpo o castigo por sua ignorância. Deus os entregou a uma condição mental e moral deplorável, na qual a idolatria imperava, animais eram considerados deuses, a perversão sexual prevalecia, incluindo-se o homossexualismo, e o pecado em geral era desenfreado. Além de praticarem toda sorte de pecado, incentivavam e participavam do pecar de outras pessoas, ignorando a sentença de Deus para o pecado, que é a morte.

b. A condenação do moralista, 2:1-16

Mesmo não cometendo os pecados descritos no capítulo 1, todos são condenados pelo pecado. Obras não são sinal de salvação, mas apenas servem como sinal de transformação. O gentio, mesmo sem a Lei, pode viver de forma correta, mas ainda assim está sob o jugo do pecado. Sobre a Lei, é dito que haverá condenação aos que julgam ao outro pela Lei, mas não a vivem. Os judeus, por terem o privilégio da Lei, eram mais responsáveis em cumpri-la, antes mesmo que os gentios.

c. A condenação do judeu, 2:17 – 3:8

1. Ele não guardou a Lei de Deus, 2:17-29

Muitos judeus se vangloriavam de serem escolhidos, circuncidados e detentores do privilégio da Lei, mas não viviam a Lei. Traziam escândalo para o nome de Deus entre os gentios e, mesmo sendo judeus, eram tidos por pagãos. Não bastava apenas o título, era necessário cumprir a Lei, pois ao fracassarem eram culpáveis, ainda mais por conhecerem a verdade.

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria de saber onde Paulo estava quando escreveu a carta aos romanos, pois acredita-se que ele estava preso, tinha uma escolta ao seu lado 24 horas é verdade isso?
No livro de atos Paulo apela para cesar, imperador de roma e o mandam pra lá, porém preso...

Anônimo disse...

gostaria de saber qual e o contexto historico de romanos, qual era o clima politico, religioso e social

Anônimo disse...

Paulo foi preso em Roma e decaptado 9conforma a tradição cristã acredita) por volta do ano 68 A.D.
Quando escreveu a carta ele estava em um período mais extenso ensinando e evangelizando na cidade de Corinto.
Paulo nunca viajou a Roma como relata que gostaria, ele foi levado para lá cativo, após apelar para o julgamento do César Nero.